Goiás ocupa grande importância no segmento de moda e é referência no cenário nacional. Com quase dez mil indústrias instaladas, o Estado já foi o terceiro polo do Brasil, mas por falta de divulgação, hoje está entre as sete maiores do País. Tentando resgatar a melhor colocação, foi lançado ontem o Projeto da 3° edição do Goiás Mostra Moda – maior feira atacadista do segmento de vestuário do Estado – que promete atrair não só potenciais investidores para o setor como oportunidade para todo o segmento de turismo de negócios.
Programada para setembro deste ano, o evento é a maior feira atacadista de vestuário do Estado e deve atrair público de 15 mil pessoas. A estimativa é de que movimente R$ 80 milhões, o dobro do obtido no ano passado.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Goiás, José Divino Arruda, o evento promete aquecer o segmento. “O setor só não cresce mais por falta de divulgação da produtividade que temos em Goiás. O governo estadual tem apoiado os empresários, retirando a taxa de ICMS para as vendas externas e reduzindo de 12% para 7% o imposto sobre as vendas internas. Mas, falha ao não divulgar o setor para outros Estados como fazem Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Esperamos reverter esse quadro com mais esse evento”, acredita Arruda.
O presidente destacou que uma das grandes novidades da feira deste ano é que ela será aberta ao público. Nas últimas edições, o evento era restrito a comerciantes. “Reservamos 20% dos nossos estandes para comerciantes de outros Estados e abrimos a feira para visitação do público, o que não ocorreu nas duas outras edições. Queremos colocar Goiás em destaque dos grandes eventos de moda como ocorre em outros Estados do País”, afirma.
Há 20 anos, a comerciante Maria Helena de Souza trabalha no ramo de confecção. A habilidade para customizar e costurar roupas virou oportunidade de negócios. Hoje, além de fábrica própria, com 20 funcionários, ela tem 4 lojas na Capital e um ponto na Feira Hippie. “Acho importante eventos como esse, pois engrandece e estimula quem trabalha no setor. Já visitei alguns eventos do tipo e é sempre interessante acompanhar o que tem de novidade. É uma oportunidade para expandir os negócios”, avalia a empresária, que recebe clientes do País inteiro e tem um lucro mensal de R$10 mil.
Vindo de Rio Verde, Sudoeste do Estado, o comerciante Carlos Roberto Vieria vem uma vez ao mês à Capital comprar roupas e revender em sua cidade. Há dez anos trabalha nesse setor e destaca a variedade no segmento de confecções que não perde para outros grandes mercados como São Paulo e Rio Grande do Sul. “O mercado de Goiânia abre espaço para quem quer seguir em vários segmentos, tanto masculino, feminino, infantil, moda praia, lingerie e jeans wear. Há muitas opções. Sempre quando venho aqui há novidades nas coleções e os preços são sempre atraentes”, afirma o comerciante, que gasta em média R$ 3 mil sempre que vem às compras em Goiânia.
DM