Representantes da Comissão Nacional de Saúde Suplementar anunciaram nesta terça-feira (20), em Brasília, que vão paralisar os atendimentos de consultas médicas e cirurgias eletivas de operadoras de planos de saúde em 24 unidades da federação nesta quarta-feira (21).
O atendimento de urgência será feito normalmente, de acordo a comissão, que é formada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional de Médicos (Fenam).
O atendimento a todos os planos será suspenso em nove estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins. Nos demais estados, o boicote dos médicos será a apenas alguns planos de saúde – veja a lista:
Acre: Unimed, Assefaz, Casf, Caixa Econômica, Cassi, Capesep, Correios, Eletronorte, Embrapa, Fassincra, Geap, Sesi/DR/AC, Plan - Assiste e Conab
Alagoas: Smile, Hapvida, Amil e Unimed
Amapá: SulAmérica, Amil e Grupo Unidas (Plan - Assiste, Geap, Fassincra, Eletronorte, Embrapa, Assefaz, Cassi, Capesaúde, Caixa Econômica, Correios, Embratel)
Bahia: Amil, Medial, Hapvida, Norclínicas/Intermédica, Life Empresarial, Geap, Cassi, Petrobras, Golden Cross e Promédica
Distrito Federal: Amil, Bradesco, Golden Cross e SulAmérica
Ceará: todas as operadoras
Espírito Santo: todas as operadoras
Goiás: Imas, Geap, Golden Cross, Itaú, Mediservice e SulAmérica
Maranhão: todas as operadoras
Mato Grosso: todas as operadoras
Mato Grosso do Sul: todas as operadoras
Minas Gerais: todas as operadoras
Pará: Hapvida, Grupo Lider, Cassi, Ipamb, Iasep, Geap e hospitais militares (Polícia Militar, Naval e Exército)
Paraíba: Geap, Amil, Smile, Hapvida, Norclínica, SulAmáerica e Saúde Excelsior
Paraná: todas as operadoras
Pernambuco: Samaritano Viva, Ideal Saúde, Golden Cross, Real Saúde, América Saúde, Hapvida/Santa Clara
Piauí: Capesaúde, Cassi, Correios Saúde, Geap, Saúde Caixa e Uniplam
Rio de Janeiro: todas as operadoras
Rio Grande do Sul: Afivesc, Assefaz, Bacen, Bradesco, Cabergs, Caixa, Canoasprev/Fassem, Capesesp, Casembra, Casf, Cassi, Centro Clínico Gaúcho, Conab, Doctor Clin, ECT, Eletrosul/Elos, Embratel, Fassincra, Geap, Golden Cross, Infraero, IRB, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Plan Assist, Proasa, Pró-Salute, Sameisa, Serpro, Sesef, SulAmérica, Unafisco, Usiminas e Wal-Mart.
Rondônia: Unimed, Ameron, SulAmérica e Bradesco
Santa Catarina: todas as operadoras que atuam no estado, exceto Assefaz, Saúde Caixa, Capesesp, Cassi, Celos, Correios Saúde, Conab, Eletrosul, Embratel, Elos Saúde, Fassincra, Cooperativas Médicas e Funservir
São Paulo: Ameplan, Golden Cross, Green Line, Intermédica, Notre Dame, Prosaúde, Blue Life, Dix Amico, Medial, Geap e Volkswagen
Sergipe: operadoras que atuam no estado, exceto Assec/Cehop, Assefaz, Cagipe, Camed, Capesep, Casec, Casembrapa, Casse, Cassi, Cassind, ECT, Embratel, Fachesf, Fassincra, Pasa, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Plan Assiste, Proasa, Saúde Caixa e Sesef
Tocantins: todas as operadoras
A principal reivindicação dos médicos é o reajuste no valor pago pelas consultas. De acordo com o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, a média nacional paga pelos planos de saúde aos médicos é de R$ 40 por consulta. Eles querem ao menos R$ 60 por consulta. Segundo ele, o maior valor pago é R$ 80; o menor, R$ 15.
Fonte: G1